Em maio escrevi uma crônica com este nome. Falava do meu projeto de fazer um lugar específico para isto junto ao meu atelier. Uma cozinha ao ar livre onde pretendo convidar pessoas para, durante uma refeição prazerosamente preparada, “jogar conversa fora”.
Esta primeira crônica está no meu blog, www.blauth.com.br e no site-portal www.garopabaonline.com.br. O espaço projetado e construído para este fim está pronto deste há muito e por diversos motivos fui protelando sua “inauguração”. Queria fazer um momento especial para iniciar o seu uso e somente hoje quando realmente comecei a usá-lo descobri o porquê das protelações.
“Inaugurar” um local com esta proposta era um total contra-senso e as protelações foram pretextos e desculpas que minha criança interior inventou para me poupar desta “furada”.
Sem alarde, reunindo os filhos que estão chegando para o verão, mais uma amiga convidada na hora, o local foi hoje oficialmente usado pela primeira vez, das muitas que agora se seguirão. Uma moqueca de cação com todo prazer preparada, um arroz branco mais arroz selvagem com azeite de alho e açafrão, complementados com as saladas que só minha esposa sabe preparar. Foi legal comungar-mos juntos.
Jogar conversa fora, prazerosamente, é isto. Uma comunhão.
Quero compartilhar minhas experiências de vida com outros que podem comigo fazer o mesmo. Todos nós, independente da nossa instrução formal, temos algo a compartilhar. TODOS. Podemos acreditar que não, mas conversando, jogando conversa fora, soltando nossa criança interior, podemos descobrir maravilhas dentro de cada um.
Jogar conversa fora pode fazer com que nós, em meio a risadas, libertemos nosso verdadeiro eu. A criança interior que mora dentro de nós encontrará espaço, liberdade para se manifestar. Você pode experimentar isto se quiser.
O espaço que criei para “jogar conversa fora” é para todos que amam Garopaba. Aqui falará somente a criança que vive em nós. Poderemos sonhar e discutir hipoteticamente idéias em meio a risadas.
A condição única é amar a vida e procurar alternativas viáveis para enfrentar as “pedras” que se apresentam em nosso caminho. Juntos, quem sabe poderemos construir um mundo melhor para nós, nossos filhos, netos, bisnetos, tataranetos............, aproveitando as pedras para construir este futuro.