O cavalo crioulo, hoje símbolo do Rio Grande do Sul é fusão de raças eqüestres trazidas pelos espanhóis e portugueses a partir do “descobrimento” das Américas. Paulo e Ângela Hafner proprietários da empresa de turismo eqüestre diferenciado, proporciona a sonhadores como eu, a rica experiência de montar, de 8 a 80 anos, bastando o “querer”.
“CampoFora”, o expressivo nome de sua empresa, diz tudo de sua proposta. Paulo Hafner ex publicitário colocou em prática o projeto que desenvolveu para a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos em que acreditava, fruto de 10 anos de trabalho.
Depois de cavalgar nos últimos dois dias de 2008, encerramos o ano e começamos o novo no topo de uma colina com os cavalos crioulos nos conduzindo em segurança na escuridão da lua nova. As estrelas pareciam saltar sobre nós, viventes acostumados com luzes artificiais. Na linha do horizonte jatos de luz dos fogos de artifícios ao longe. Mãos dadas, em cima dos cavalos nos desejamos mutuamente os votos tradicionais. Os cavalos, tranqüilos, aguardavam ordens para a continuação da cavalgada. Retornando ao hotel depois de deixar os cavalos livre no seu campo, fomos comer a tradicional lentilha e os espumantes gaúchos. No rosto de cada um dos participantes a alegria do inusitado. Nossas emoções ficaram registradas na toalha de tecido que Ângela colocou na mesa com as velas e petiscos.
Dia primeiro e dois, seis a sete horas de cavalgada cada dia. Os cavalos ficaram em fazendas CampoFora onde voltamos no dia seguinte para a cavalgada final. Foram mais de cem quilômetros de cavalgadas na coxilhas, campos, rio, cachoeiras , sangas e capões. O prazer acumulado vai ficar indelevelmente gravado no meu cérebro.